quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Hoje tem Metronomy


Pros que moram em São Paulo e conseguiram o (concorrido) ingresso, hoje tem show do Metronomy no Beco 203. Som inteligente e simpático, rock alternativo com eletrônico e umas outras tantas coisas na mistura. Projeto do tal Joseph Mount que lançou o terceiro álbum este ano com um integrante a menos e dois a mais (entrou a bela Anna Prior na bateria e Gbenga Adelekan no baixo; Oscar Cash contina na guitarra). Mas certamente a coisa mais genial em relação à banda são os videoclipes. Desses que, assim como faz o OK GO, acabam virando uma perfeita visualização para a música e fique com ela associada para sempre (você escuta a música, lembra deles na hora).

Para mim, de todos, o melhor é ainda o videoclipe para a música A Thing For Me, do segundo álbum (com a antiga formação, portanto). Uma bela brincadeira com a tal da bolinha do Karaokê, com umas tantas sacadas de edição e bons trocadalhos visuais em cima da letra da música. Vejam abaixo.


Todos os outros videoclipes também são bem bons (vai por mim), com destaque para os do último disco: The Bay (também com umas boas ideias de edição); The Look (com uma boa e simples animação em stop-motion); e She Wants (mais um desses que vai de trás para a frente, só que muito bem realizado).

Agora é ver como que tudo isso é feito no show, ao vivo. A expectativa é boa.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A música do Noah and the Whale. Os filmes do Wes Anderson.


Visual dos anos 70. Música com ukelelê e assobios. Letterings em planos com enquadramentos diferentes. Divisões de telas. Figurino retrô - estilo nerd com uniforme do colégio. O videoclipe da música 5 years time da banda inglesa Noah and the Whale tem tudo isso aí, em uma clara homenagem ao universo cinematográfico de Wes Anderson (é certamente a melhor homenagem ao diretor em videoclipes, além de ser também um bom exercício de edição). Veja abaixo.


A homenagem ao Wes Anderson é justificada: o nome Noah and the Whale vem da junção do nome de Noah Baumbach com The Squid and the Whale. Explico: A Lula e a Baleia (nome em português) é um filme alternativo de 2006 escrito e dirigido pelo tal Noah Baumbach, que teve inclusive uma indicação ao Oscar de roteiro. O filme tem as boas atuações de Jeff Daniels (de Débi & Lóide?), Laura Linney (de The Big C), Jesse Eisenberg (de A Rede Social) e Anna Paquin (de True Blood) e o melhor (para os amantes da boa música): trilha sonora da dupla Dean & Britta (ex-Luna e Galaxie 500), que passaram recentemente pelo Sesc Pompéia de São Paulo, em boa apresentação. Como roteirista, Noah também assina O Fantástico Senhor Raposo (2009) e A Vida Marinha de Steve Zissou (2004), dois importantes (e geniais) filmes do Wes Anderson (que produziu o A Lula e a Baleia; os dois são da mesma ceninha, portanto).

A música do videoclipe faz parte do primeiro álbum, o Peaceful, the World Lays Me Down, de 2008, e é o hit que lançou a banda, colocando eles nos 10 mais vendidos das paradas inglesas. De lá para cá, a Laura Marling (que aparece no videoclipe) saiu e terminou o namoro com o cara, lançando uma boa carreira solo; e eles se levaram mais a sério, lançaram videoclipes mais produzidos e ficaram, por conta de tudo disso, mais chatos; como no videoclipe de Life is Life (música que abre o terceiro álbum, o tal Last Night On Earth) em que vemos algo como se fosse o Mika invadir o Suburbs do Arcade Fire com o elenco do Glee (clique AQUI para vê-lo no blog amigo Musicapavê).

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Impressão Digital (dos filmes) - por Domênica Mantel

A trilha sonora do Tubarão do Spielberg. Os créditos de qualquer filme do Woody Allen. A cena clássica do chuveiro de Psicose do Hitchcock. Todas essas características, são marcas registradas dessas obras e do nosso imaginário comum. Mas o designer Frederic Brodbeck levou o conceito além e criou o Cinemetrics, um projeto que sintetiza em forma de representação gráfica a essência dos filmes, formando um tipo de impressão digital para eles. Para isso ele monta uma estrutura em forma de espiral na qual imprime ao mesmo tempo elementos como montagem, cor, intensidade de diálogos, e cria uma forma diferente de comparativo entre obras de um mesmo diretor como Wes Anderson ou entre refilmagens como o “Solaris” de Steven Soderbergh e o original de Andrey Tarkovskiy. Eu sei, parece confuso, mas o video é autoexplicativo e bem bom:


Descobri o rapaz por meio do Brainstorm e ao pesquisar seus trabalhos notei que essa opção por informações altamente concentradas é uma marca em seus projetos. Exemplo disso é o “Movie Core”que traduz filmes em imagens “esculturais” como estas aqui de “Os Excêntricos Tenenbaums”:


Ou este clipe, digamos que minimalista, da música “Buddy Bradley” do Adam Green:

Poder de síntese não é pra qualquer um. Vale a pena conhecer o artista. Bora lá? http://www.fredericbrodbeck.de/


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Essa é a primeira contribuição de Domênica Mantel para o blog. Formada em cinema e roteirista em tempo integral, é também interessada por tudo o que acontece no mundo dos filmes e na televisão. Já destrinchou House (você pode ler textos caprichados sobre TODO e QUALQUER episódio da sétima temporada no blog Sobretv.net) e mantém outras divagações no blog Tudo Fundido (também trocadilheiro, olha só). Vale a visita. Siga também em: @Dodomlyns

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Good (o novo videoclipe dos Dodos)

Saiu um novo videoclipe dos Dodos (minha banda favorita dos últimos 5 anos). Desta vez para a música Good (coerente, inclusive). Videoclipe rápido, minimalista, em preto-e-branco, com poucos elementos visuais. Como é afinal a música dos caras (o que é também coerente); basta ver que a banda são só esses dois caras, uma guitarra e uma bateria bem básica (mas que sabem jogar muito bem com essas duas coisas). E se o efeito da água é manjado e já foi usado por milhões de canais de tv, principalmente como elemento para a videografia, nenhum desses tinha usado com uma música bacana como essa (morte às mesmas trilhas-brancas de todos os canais, inclusive).

Aí vai. Aproveite.


Esse preto-e-branco, poucos elementos gráficos, me lembraram inclusive a arte do (ótimo) Let England Shake, último álbum da PJ Harvey (certamente um dos destaques deste 2011). No lugar de milhões de efeitos e cores, poucos e expressivos elementos como já também entregavam os Dodos no título do último álbum: No Color.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Coma, Aprenda e se Movimente (com 3 vídeos)

Não é Comer, Rezar, Amar. Mas quase. EAT, LEARN e MOVE são três vídeos curtos feitos por 3 caras australianos que rodaram o mundo em 44 dias, passando por 11 países - e agora deixam os registros do que viram por aí. Os vídeos tem imagens bem bacanas; ideias de edição e composição interessantes (que mais tem a ver com a captação que fizeram do que com truques de pós-produção); temáticas e ritmos acessíveis a todo mundo (o que certamente encanta desde o adolescente sonhador ao tiozão adorador de mensagens fofas feitas no powerpoint); um sujeito com cara de bom moço; e uma música enjoativa que só (não?).

O primeiro deles é o MOVE, que ilustra bem os diferentes lugares que eles passaram através de boas sacadas de captação e edição.

MOVE from Rick Mereki on Vimeo.


EAT tem também boas ideias gráficas (já usadas em publicidades, devo dizer). Acaba virando meio wannabe de Jamie Oliver, não acham? Já vejo um programa desse cara no Discovery Travel & Living...

EAT from Rick Mereki on Vimeo.


E o terceiro e último vídeo é o LEARN. Tem boas imagens mas não tem lá muitas sacadas de edição; e essa musiquinha já começa a dar nos nervos, ficando ppt demais pro meu gosto.

LEARN from Rick Mereki on Vimeo.


De qualquer modo os vídeos são bons exercícios audiovisuais, foram bem executados e conseguem passar uma mensagem simples para TODO mundo. Tanto é que eles já conseguiram 3 milhões de visualizações em apenas 5 dias (nada mal, não?).