terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sobre Sundance e o cinema independente (e claro, o curta vencedor)

O festival de Sundance é, como todo mundo já sabe, a meca do cinema independente. Cineastas iniciantes e propostas audiovisuais mais ousadas dividem as salas de cinema da pequena e fria cidade de Park City, que fica no estado de Utah. Há ali aqueles diretores que buscam usar o festival como trampolim para Hollywood e há também aqueles que se sentem confortáveis no underground, jogando com a liberdade que o cinema independente gera para eles (e o espaço que o festival dá para que essas obras sejam vistas).

 
Os filmes são divididos em várias categorias, que vão de documentários e ficções (sub-divididos em produções americanas e internacionais) a outras como NEXT (que se destina a formatos mais ousados), New Frontier (que usa recursos multimedia, 3D e afins) e Midnight (terror, comédia e outros filmes de gênero em sessões à meia-noite). E, como todo bom festival, tem a parte destinada aos curtas.

Os curtas, que normalmente já são considerados um formato para experimentação e para promoção pessoal, aqui estão em seu habitat natural (e, por isso, não ganham atenção diferenciada). Também estão divididos em documentários e ficção, tendo ainda uma seleção só de animações e outra, patrocinada pelo Youtube, que conta com a participação de nós, internautas.


O curta Catnip: Egress to Oblivion? (algo como Catnip: Saída para o Esquecimento?) do americano Jason Wilis foi o vencedor dessa categoria, já que teve mais pageviews no Youtube (o que também pode ser interpretado como o "prêmio do público"). 

Tive o prazer de ver na sala de cinema e funciona ali muito melhor, ainda mais com o público da meia-noite (que gargalhava a cada 10 segundos). O curta, um belo exercício de edição, foi feito, segundo o diretor, com 29 dólares (para comprar catnip e outros mimos aos "atores" do curta). E foi rodado com os gatos dos amigos em suas próprias casas e depois criado todo em pós-produção, dando sentidos (hilários) aos muitos movimentos e expressões dos felinos. Divirta-se. (Os demais vídeos que competiam com ele podem ser vistos na página do Youtube).



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Como Impressionar o Cara que "Matou" Bill.

Ano passado, a RedBull lançou o seguinte desafio:  Encontrar artistas que apresentassem trabalhos originais em qualquer formato multimidia para impressionar, em até 3 minutos, ninguém mais, ninguém menos que…





















Além da visibilidade, o Django Unchained Emerging ArtistContest oferecia ao ganhador a chance de encontrar o próprio na Comic-Con 2012. O autor da façanha é o brasileiro (sim!!) Edson Oda: Um cineasta paulistano, residente em  Los Angeles que, inspirado por três dos “Western Spaguetti”  favoritos do diretor, “seduziu” Tarantino assim:


The Writer from Edson Oda on Vimeo.

Ao misturar técnicas como Origami, Kirigami, Time Lapse, Quadrinhos e um excelente roteiro (algo que nem a melhor das técnicas ensina), Fabio entrega um trabalho primoroso tanto na direção, quanto na edição e estebelece algo ainda mais difícil: inovação. Belo aquecimento para o filme que estreia hoje, não?


Django Trailer from Create on Vimeo.

O bonus track, que na verdade inspirou este post, fica por conta de “Malaria”, brilhante ideia inicial de Fabio para o concurso, que infelizmente, não ficou pronta a tempo. O duo que compõe este blog, gosta deste ainda mais. A decisão é sua.
Agradecimentos a Rafael Kenski (@rkenski) pela dica. 


Malaria from Edson Oda on Vimeo.