quarta-feira, 22 de junho de 2011

Battles (em uns tantos vídeos geniais)


O Battles é dessas bandas que de tão cabeçudas ficam até difíceis de escutar. Poderia ser classificado como post-rock (já que lembra outras bandas como Explosions in the Sky e Toe) ou como math-rock (o que acho mais adequado na verdade, já que a estrutura do som dos caras parece mesmo matemática). Acaba sendo difícil pegar um CD e escutar de cabo a rabo mas, por outro lado, ver os vídeos para as músicas deles é extremamente interessante. Eles já tinham lançado videoclipes no primeiro álbum, para as músicas Atlas (em que se apresentam em um gigante cubo de vidro) e Tonto (em que jogam bastante com luzes). Agora lançam o segundo álbum e fazem vídeos bem diferentes para promover (seria mais ilustrar) as músicas.

O primeiro, o videoclipe para a música Ice Cream é mais uma das pirações de edição que funciona (e que gostamos). Ali vemos quase tudo: alterações de cor; imagens sobrepostas trucadas (a menina repetida em quadro); jogo de máscaras (a banda recortada misturada com outras ações); muitos takes em meia-fusão (e o take do mergulhador no bikini é sensacional); entre tantos outros. Foi feito pela produtora catalã CANADA (vai entender...) que já tinha feito o videoclipe para o também espanhol El Guincho (e aqui também abusou das mulheres lambendo coisas esquisitas, como você viu aqui). Confira abaixo.



E aqui vemos a ideia da banda sobre a música (que não é nada demais) e um saboroso (já que a música trata de sorvetes) making of do videoclipe, gravado com a Canon 7D.



Aproveitando o bom momento, eles fizeram uma genial apresentação para os franceses do La Blogothèque (certamente a melhor coisa a aparecer na música dos últimos 10 anos) em um lugar incrível: em um dos salões da prefeitura de Paris. Famosos por fazerem sempre vídeos em plano-sequência, uma só câmera, som direto, dessa vez o blog resolveu situá-los em um lugar diferente e gravar com cinco câmeras (o que possibilita umas tantas manipulações em edição). Vejam abaixo as duas músicas gravadas por eles. Bom, não?


segunda-feira, 13 de junho de 2011

tUnE-yArDs e a lógica Corta-e-Cola... na música!

O tUnE-yArDs (pior é que se escreve assim mesmo) é uma das mellhores descobertas musicais dos últimos tempos. O projeto (quase) solo da tal Merrill Garbus, de gênero meio indefinido (o allmusic define como folk lo-fi experimental), faz uma colagem de sons como eu nunca tinha visto. E melhor, faz isso ao vivo.


Nas gravações do disco e nas apresentações ao vivo (como a que você verá abaixo) ela conta com a participação de dois saxofonistas e um baixista (formação incomum, inclusive); e ela se encarrega de todo o resto. Isso quer dizer fazer toda a percussão (em cima de poucos instrumentos), cantar (e no caso dela é algo bem mais complexo - além de meio esquisito) e tocar um ukelelê. Complexo porque a música dela é feita na melhor lógica corta-e-cola: o que é cantado ou tocado uma vez vira um looping (com ajuda de pedaleiras), que vai se somando às outras camadas, criando a interessante mistura dela (que ela mesmo define como cut and paste patchwork). Na música abaixo, aí pro final dela, temos a combinação de umas quatro camadas de looping do vocal, umas três da bateria e mais o vocal e o ukelelê dela mesmo, que aí sim vai fazendo na hora. É quase trazer a lógica da música eletrônica para o que entendemos como tradicional, compondo à medida que toca. Confira.


Depois de outra música da mesma apresentação da rádio ela fala um pouco mais sobre o conceito das montagens. Aqui vai música e entrevista.



E ela já lançou um videoclipe, que também tem suas boas sacadas de edição, para a música Bizness (a primeira aí de cima).



Para mais duas músicas da apresentação da rádio, clique aí: Doorstep e You Yes You. Genial, não?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Broken Social Scene vai de Dexter

Ansioso para ver mais pessoas sendo mutiladas e mortas, assassinatos casuais com toques familiares? Pois para os "órfãos" da série, eis um videoclipe que serve perfeitamente para "matar" a saudade, enquanto a sexta temporada não vem.


O responsável por esta atrocidade é o grupo super-povoado canadense Social Broken Scene (os televisivos acima) e a música se chama Sweetest Kill, do último álbum deles, o Forgiveness Rock Record (do ano passado). O clipe saiu esta semana e mostra a bela Bijou Phillips (que já atuou em filmes como Quase Famosos) envenenando e fazendo picadinho do namorado (e não estou usando metáforas aqui). Veja abaixo.



Matador o videoclipe, não? Já Dexter deve estrear somente no final do ano (já que recomeçaram as gravações não faz muito tempo) e contará com os convidados Edward James Olmos (da série Battlestar Galactica), Colin Hanks (de O.C.) e o rapper Mos Def (do divertido Rebobine, por favor). É esperar para ver.


(Se você é fã de Dexter vai gostar de ler isso AQUI também).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Buraka Som Sistema, truques de montagem e BaBaBaBaBaBaBaBa.

so.. everytime we say Hangover.. some asshole reply's something about the movie? #fuckhangover2#it'snotevenfunny

A frase acima é do twitter dos Buraka Som Sistema, representantes máximo do kuduro português que acabam de lançar um videoclipe para a música Hangover (BaBaBa) (certamente melhor que o filme de mesmo nome que chega aos cinemas brasileiros em sua segunda parte). Confiram.



Não é genial que quase todos os takes estejam manipulados de alguma forma? Truques simples de edição, principalmente na cor e na manipulação da velocidade, que criam um ritmo interessante (coerentes ao ritmo da música) em cima de takes bem simples e próximos ao universo da banda (parece que o videoclipe foi gravado em Angola, de onde eles tiraram a inspiração; e o BaBaBa do refrão). Valeria destacar só por aquele bonito take do mergulho na favela do início (o efeito mais elaborado do videoclipe, talvez, e ainda assim de fácil realização).

Para saber mais sobre o método de composição da banda, conhecer o Buda da Bigodaça e até ver um rápido take da participação do sepultura Igor Cavalera na gravação do álbum, confiram o vídeo abaixo. (Esse já não é tão bem editado e nem muito interessante, mas tem o Buda da Bigodaça, o que mais vocês precisam?)



Ps. Se você ainda assim quiser saber mais sobre a música, recomendo a "interessante" entrevista que o MC Nakobeta, responsável pelo refrão da música, deu em uma rádio angolana. "ENTREVISTADOR: MC Kakobeta, tens algo a dizer?" "MC NAKOBETA: BaBaBaBaBaBA"