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terça-feira, 4 de junho de 2013

O fantástico Jonah


O curta-metragem Jonah conta a história de como uma simples foto (ou uma ideia, como eles gostam de descrever) pode transformar uma cidade e um país rapidamente através da ação do turismo, da tecnologia e da exploração comercial. O estúdio inglês Factory Fifteen foi o responsável por criar o visual bastante complexo da história, com um belo trabalho de pós-produção e composições em 3D que modificam completamente cada frame do vídeo. Lembra o filme Distrito 9, de Neill Blomkamp, pelo uso de uma fantasia gerada em computação para criticar realidades sociais difíceis em contexto africano. Ou Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, de Michael Gondry, que mostra a ação se formando segundo a segundo através de belas composições em 3D (e essa composição gradual tem nos dois casos efeito narrativo). Mas o fato principal é que esses três exemplos usam a tecnologia como forma de criar uma realidade fantástica extremamente encantadora, contando uma história muito mais interessante quando possível de ser visualizada. O curta participou este ano do Festival de Sundance e agora chega à Internet, em alta definição. Aproveitem. 

JONAH from Factory Fifteen on Vimeo.

Jonah já foi apoiado pelo projeto The Creators Project da Intel e da Vice, que fizeram um rápido vídeo apresentando as ideias por trás da produtora (e do curta).



E como se trata de uma produtora de finalização, não podia faltar o vídeo de making of, mostrando passo a passo (e layer por layer) como foram feitas várias composições 3D do filme.

JONAH MAKING OF from Factory Fifteen on Vimeo.

ps. Em outro post também falamos sobre a última edição de Sundance e sobre o curta vencedor em uma das categorias. Outro belo curta, inclusive. Recomendo a leitura. ;)

terça-feira, 9 de abril de 2013

The Walking Editors...

É... A terceira temporada de “The Walking Dead” chegou ao fim...



E para lidar com o luto e a sensação de vazio, dor, raiva e desejo de vingança que o último episódio deixou, compartilho aqui (sem as doses cavalares de dramalhão mexicano que os últimos adjetivos deixaram) uma pequena aula de efeitos visuais que ficaram como herança (ok, sem mais brincadeiras com morte. Rs). O fato é que, goste ou não da série, uma coisa é inegável: eles cuidam do resultado “gráfico” final e, em se pensando numa produção que exige agilidade e volume, algo típico da tv, o resultado anda bem bom.
PS: Se você tem problemas com SPOILERs, melhor não ver.


The Walking Dead Season 3 Visual Effects Reel from Stargate Studios on Vimeo.

Assim como nos dois anos anteriores, a Stargate , empresa de Vancouver, se responsabilizou pelos efeitos visuais. Misturando muita maquiagem, uma boa ajuda dos cenógrafos, a paciência da equipe e horas e horas de finalização, eles mostram que todo o cuidado dos primeiros arcos tem evoluído de acordo com a história. Se no início, os zumbis eram mortos à distância (o que “facilitava” qualquer trucagem), agora o close-up toma conta. Mais acostumados à realidade do “pós-apocalipse”, os personagens enfrentam as ameaças de perto e, com o fim do estoque de armas, usam todo tipo de artifício (martelos, tacos de baseball e qualquer objeto perfurante) para acabar com as “coisas”, dando mais trabalho à equipe de pós-produção.

Mas boa parte da diversão dos efeitos visuais é perceber o que não se vê. Toda a parte “gore” e a paleta com texturas de sangue (sim, eles possuem uma) estão explícitamente lá, o mesmo não se pode dizer das cidades destruídas, das ordas de zumbis, da prisão….


Enquanto você espera (ou não) pela próxima temporada, deixo também aqui os reels com os efeitos das duas primeiras. Pensa bem: Se o apocalipse acontecer, estaremos digitalmente preparados. Quem viver, verá... ou não. Rs.


"The Walking Dead" Demo Reel 2010 from Stargate Studios on Vimeo.


Walking Dead Season 2 VFX Reel from Stargate Studios on Vimeo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A montagem de Tropicália (ou: a arte de valorizar materias de arquivo)

Estreia hoje o documentário Tropicália, de Marcelo Machado. Documentário que funciona como registro histórico do que aconteceu culturalmente no Brasil entre 1967 e 1972 e tem como figuras centrais Caetano Veloso, Gilberto Gil e Os Mutantes (principalmente).



Mas o filme, como você pôde ver no trailer acima, vai muito além disso. Abarcando coisas relacionadas ao "movimento" que aconteceram simultaneamente no cinema, nas artes plásticas, no teatro e na vida política e social do país, ele faz um registro muito mais abrangente (e por causa disso, mais interessante). E para dar essa "cola" (usando aqui a expressão do mutante Sérgio Dias, que já aparece no trailer) há um criativo e muito bem aplicado uso da Montagem. 

Não só o ritmo do filme é bastante eficiente (as músicas se destacam e estão presentes em todo o filme mas não brigam com o texto nem se alongam demais) como há uma interessante mistura de linguagens e técnicas ao longo de todo o documentário. Assinada por Oswaldo Santana (que também montou o filme Bruna Surfistinha), a montagem acaba deixando quase sempre a fala dos entrevistados em BG, ilustrando o texto com composições e manipulações de capas de álbuns, fotos de arquivo e vídeos de formatos diferentes como tv, cinema, super-8, etc. 

Não só eles tiveram acesso a um material muito rico como souberam usar e manipular muito bem. O filme é no final extremamente colorido, mesmo usando quase que somente material em P&B, original da época. No arsenal de efeitos há rabiscos por cima de fotos, composições com capas dos discos (destacando detalhes da imagem), roupas e elementos pintados, que buscam retratar como eram os objetos originalmente, etc.



Outro acerto da parte da pós-produção é a animação simples e extremamente funcional do logo do filme. Inspirado na obra "Bichos" de Lygia Clarck (acima) -artista que também influenciou o movimento tropicalista- eles usam sólidos geométricos que se movimentam para formar o nome do filme e as datas dos acontecimentos.




Fica, assim, a dica para vocês assistirem esse que certamente será um dos melhores usos da montagem que você terá acesso esse ano, seja no cinema nacional ou internacional. Independente de gostar ou não da música a que o filme se refere, o filme vale para qualquer interessado por cinema e história.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Buraka Som Sistema, truques de montagem e BaBaBaBaBaBaBaBa.

so.. everytime we say Hangover.. some asshole reply's something about the movie? #fuckhangover2#it'snotevenfunny

A frase acima é do twitter dos Buraka Som Sistema, representantes máximo do kuduro português que acabam de lançar um videoclipe para a música Hangover (BaBaBa) (certamente melhor que o filme de mesmo nome que chega aos cinemas brasileiros em sua segunda parte). Confiram.



Não é genial que quase todos os takes estejam manipulados de alguma forma? Truques simples de edição, principalmente na cor e na manipulação da velocidade, que criam um ritmo interessante (coerentes ao ritmo da música) em cima de takes bem simples e próximos ao universo da banda (parece que o videoclipe foi gravado em Angola, de onde eles tiraram a inspiração; e o BaBaBa do refrão). Valeria destacar só por aquele bonito take do mergulho na favela do início (o efeito mais elaborado do videoclipe, talvez, e ainda assim de fácil realização).

Para saber mais sobre o método de composição da banda, conhecer o Buda da Bigodaça e até ver um rápido take da participação do sepultura Igor Cavalera na gravação do álbum, confiram o vídeo abaixo. (Esse já não é tão bem editado e nem muito interessante, mas tem o Buda da Bigodaça, o que mais vocês precisam?)



Ps. Se você ainda assim quiser saber mais sobre a música, recomendo a "interessante" entrevista que o MC Nakobeta, responsável pelo refrão da música, deu em uma rádio angolana. "ENTREVISTADOR: MC Kakobeta, tens algo a dizer?" "MC NAKOBETA: BaBaBaBaBaBA"

sexta-feira, 18 de março de 2011

Os geniais efeitos visuais de Cisne Negro (contém spoilers, já aviso)

Você não se perguntou durante o Cisne Negro onde infernos estariam as câmeras (e todo mundo que trabalha ao lado dela) naqueles muitos planos no salão de ensaio, cheio de espelhos? Ou não se perguntou se era mesmo a Natalie Portman que dançava aquilo tudo? Ou mesmo, como eles faziam todos aqueles efeitos da "transformação", que conseguiam ser ao mesmo tempo artísticos e realistas?

Pois aí está um belo vídeo de making of para nos ajudar.



O legal do vídeo é que mostra o truque cinematográfico ao mesmo tempo que mostra como a mensagem foi ampliada por essas muitas camadas feitas em pós-produção (como no caso do belíssimo plano da tatuagem de asa, por exemplo). Como falado no post anterior sobre a série In Treatment, esse tipo de coisa (como imaginar onde estaria a câmera em muitos planos, por exemplo) pode não ser imaginado ou mesmo cogitado por um espectador comum, mas serve para ampliar a reflexão sobre as imagens e gerar novas possibilidades narrativas. Ainda mais no caso do Cisne Negro, em que a história da bailarina e a interação com o instrutor de ballet (vivido pelo genial Vincent Cassel) apontam claramente para a relação da atriz com a personagem (que em alguns casos pode consumir demais a pessoa que interpreta, que começa a confundir os "papéis" - como no caso Heath Ledger/Coringa, imagino); e na relação própria entre a atriz e o diretor, que às vezes joga com o psicológico da atriz para alcançar o resultado desejado.

A pós-produção e montagem ajudaram no caso do filme a expandir essas possibilidades, jogando novas "camadas" de profundidade em uma já profunda história.

Ps. pros que se interessarem em ampliar o conhecimento sobre o filme, recomendo ver no Youtube uma longa entrevista (de quase UMA HORA de duração) com o diretor de fotografia Matthew Libatique, o montador Andrew Weisblum e o diretor, Darren Aronofsky, falando de forma quase informal sobre os diferentes aspectos do filme (clique aqui se quiser ver). Há outra com Natalie Portman, de pouco mais de meia hora que é também bem interessante (ela responde a pergunta "Você chegou a discutir com o Aronofsky se você realmente morre no filme?", já aviso) - para ver, clique aqui.

Ps2. Também falei do Cisne Negro em outro post, mas rapidamente, comentando os indicados ao prêmio de montagem do Oscar.
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Atualizado em 29/03:
Uma ressalva: o vídeo que você vê acima não é o mesmo que eu tinha postado originalmente. O vídeo que eu tinha colocado acabou sendo tirado do ar e as únicas opções encontradas na Internet hoje em dia são vídeos oficiais da Fox. Há uma explicação para isso: enquanto Benjamin Millepie, marido de Natalie Potman e bailarino no filme, diz que a participação dela foi de pelo menos 85% nas cenas de dança, Sarah Lane, a dublê de corpo, fala que é algo como 5% (essas declarações vieram depois da premiação do Oscar, obviamente). No vídeo original dava para ver a troca do rosto de uma pela outra em pós-produção (daí porque eu falo no início, inclusive, sobre ela dançar ou não aquilo tudo). O vídeo atual continua interessante, mas substitui as cenas de dança por outras cenas com os jogos de espelho, em que se mostra o terror da personagem (efeitos para mostrar o irreal, o psicológico) mas não a dança e outros planos mais simples (aqui reais, em teoria). Aqui há mais informações sobre o caso, para quem quiser (em inglês).

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Everything is a remix. (ou: expondo e discutindo a manjada indústria cinematográfica)

Nada se cria. Tudo se copia. Segundo Kirby Ferguson, nos dias de hoje, everything is a remix.

Em cima deste conceito, o americano está criando uma série de vídeos (2 até o momento) que mostra como a indústria cultural, principalmente música (no primeiro vídeo) e cinema (no segundo), não consegue não se apropriar do já existente para criar novos produtos (como um terrível vício). A tese é logicamente mais antiga que esses caras e está sendo hoje em dia muito expandida dentro dos meios acadêmicos. Rick Altman no seu importante livro Os gêneros cinematográficos (2000) falava que este vício vem da necessidade da indústria de estar sempre criando franquias para fidelizar o público (gerando assim mais dinheiro) e o francês Nicolas Borriaud em seu Pós-produção (2007 - falei mais sobre ele aqui) discutia como hoje é mais legal justamente se apropriar do já feito para gerar novos produtos (aqui na verdade ia para o lado da apropriação e alteração em montagem, um uso mais artístico e consequentemente, mais valioso).


Mas nenhum dos acadêmicos fez um vídeo tão interessante e bem editado como fez o senhor Ferguson (o figura acima), que ainda por cima ilustra claramente como a indústria cinematográfica é repetitiva, girando sempre sobre os mesmos temas e conceitos (inclusive visualmente). Cinema é indústria e, para isso, deve render dinheiro (o formato disto foi inclusive brilhantemente atacado recentemente pelo mestre Coppola - ver aqui). E para render dinheiro, nada como jogar em terreno seguro, na melhor lógica de não se mexe em time que está ganhando (se está realmente ganhando nos dias de hoje é outro ponto a se discutir).

Vejam o vídeo abaixo. É o segundo da série. E aqui fala só sobre cinema.



Ilustrando também o conceito e focando sobre o exemplo do Kill Bill (mencionado no final do exemplo acima), o editor Rob Wilson fez outro vídeo (em parceria com Ferguson, inclusive) que mostra todas as milhares de referências usadas por Tarantino para compor o que poderia ser a obra-prima do remixing. Tarantino é o rei do copy/paste e é o melhor a se apropriar de signos antigos para criar alguma coisa ao mesmo tempo pop/vendável e inovador/vanguardista. Por isso mesmo tem milhões de teses por aí usando o figura para ilustrar conceitos do pós-modernismo. Se todo mundo copia tudo descaradamente, achando que está criando algo inovador, aqui a graça está justamente em expor essas referências e jogar com elas. É o mashup no lugar do remix.

Divirtam-se com o vídeo abaixo.



Os dois vídeos ajudam a jogar nova luz nos estudos acadêmicos e a expor de forma fácil e divertida as manjadas fórmulas da indústria cinematográfica, que explora demais os plots, as estruturas de roteiro, os mesmos personagens e situações, as mesmas fontes e referências. Algo muito bom e positivo deve vir de isso tudo no futuro. Como diria Lars Von Trier, "se você pensar que a história da arte começou quando um homem rabiscou a caverna e comparar com os cem anos da história do cinema, podemos pensar que agora mal sabemos como desenhar um bisão".

Ps. para seguir o projeto do Everything is a remix, fique ligado no twitter dos dois (@remixeverything e @robgwilson) e nos blogs pessoais (http://www.everythingisaremix.info/ e http://robgwilson.com/). As novidades e os próximos vídeos virão por aí.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Boardwalk Empire e mais mágica do Chroma Key


Um dos melhores acontecimentos do audiovisual mundial em 2010 foi certamente a série Boardwalk Empire, da HBO americana, criada por Martin Scorsese e estrelada por Steve Buscemi (dois caras geniais). A empresa de efeitos Brainstorm Digital divulgou agora (que a primeira temporada terminou) um vídeo mostrando como eles fizeram a perfeita ambientação da série, que recria os anos 20 de Al Capone. Trabalho impecável (e criativo) que mistura grandes cenários a composições feitas em pós-produção através do recorte em Chroma (e muita criação em 3D). Vejam o vídeo abaixo (pros que estão no meio da série - como eu - o vídeo pode mostrar uma coisa ou outra que ainda não apareceu, já aviso. Mas não tira a graça das duas coisas - vídeo e série- na minha opinião. Pode ver sem medo).


E se você acha que está aí o grande trabalho de criação da série, aqui vai um time lapse do canal da HBO no Youtube, mostrando o imenso trabalho de criação do set principal da série, que aparece muitas vezes no vídeo acima.


Um e outro mostram o trabalho preciso e demorado que está por trás da criação da série e que ninguém nem imagina (mas admira). Depois disso, fica alguma dúvida da importância da série? Se você ainda não viu, vá atrás.

E por falar em Chroma Key, um bom exemplo está também em outro post, que mostrava a criação por trás do filme A Troca, do Eastwood. A recriação dos dois foi feita de forma bem parecida, inclusive. Clique aqui se quiser ler mais a respeito.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Os efeitos de "Homem de Ferro 2" (e o problema das continuações)

Lançar o "Volume 2" não é um problema apenas para o She & Him, o MGMT e o Vampire Weekend neste 2010. Tentar manter o que os fizeram famosos, conseguindo inovar minimamente e tendo sacadas novas é também o problema por trás do Homem de Ferro 2, atualmente em cartaz (ao menos ainda em São Paulo). Como na música, o primeiro de qualquer série cria o conceito e apresenta algo naturalmente inovador (mesmo o herói sendo conhecido nos comics), tendo bastante liberdade para isso. O segundo já vem com uma boa dose de expectativa - auxiliada pela ação gigantesca de marketing, no caso do filme. Expectativas que não se confirma em nenhum dos casos; no do super-herói, ao optar-se pelo drama pessoal que passa o personagem em detrimento da ação, perde-se também alguma espontaneidade e ironia, que acarreta também em problemas de ritmo, ficando arrastado em muitas horas. É na verdade um filme de ligação para outros tantos filmes que a Marvel lançará nos próximos anos; escondendo alguns ícones, indica os filmes do Capitão América, Thor e Os Vingadores, além de já ter vindo na cola do segundo filme (que não é na verdade uma continuação) do Incrível Hulk.


O que sim funciona no filme (sendo relavante para este blog) é o papel da tecnologia dentro da história; visualmente mais relevante - e chamativa - nas muitas cenas que acontecem no laboratório do personagem principal (Tony Stark). Lembra tanto visualmente como narrativamente a interação homem/máquina existente no filme Minority Report, interpretado por Tom Cruise (clique aqui para rever as cenas com esses efeitos), com a diferença que agora a interface está espalhada pelo ambiente, mais tridimencional em certo sentido. E Robert Downey Jr. dialoga com ela de forma muito mais leve, menos rigída (e não estamos mais em um filme futurista, mesmo estando ainda no terreno da ficção científica). Um bom uso de elementos 3D, que dialogam perfeitamente com os personagens -a ponto de serem eles mesmos personagens- e participam de momentos importantes do filme, gerando um visual que (aqui sim) encanta e inova. Bom uso da atual tecnologia de pós-produção para representar o que seria o ápice da tecnologia, genericamente falando.

Abaixo um vídeo de uma das produtoras de efeitos, onde vemos os gráficos associados aos muitos gadgets do personagem principal. E depois, uma sequência de fotos que mostra em detalhe a cena da descoberta de uma mólecula, com as primeiras idéias da equipe de produção. (Na página da Motiongrapher, há uma extensa matéria, com vídeos que ilustram perfeitamente a produção dos efeitos - e a relação com a gravação em chroma- das cenas do laboratório. Clique aqui para ver. Recomendo fortemente).

Iron Man 2 Graphics Montage from Perception on Vimeo.




quinta-feira, 20 de maio de 2010

Quando o making of é melhor que o curta-metragem

Com vocês, o curta-metragem canadense Nuit Blanche do diretor Arev Manoukian, da interessante produtora Spy Films. Esta produtora é conhecida por um bom e diferenciado uso do 3D nos diferentes curta-metragens que faz, a maioria deles de ficção-científica. Um dos diretores inclusive, é o sul-africano Neill Blomkamp, famoso pela direção do filme Distrito 9 (que falamos aqui).


Em Nuit Blanche, vemos como transformar quatro pessoas gravadas em um fundo Chroma em um curta-metragem interessante, com visual extremamente trabalhado (mais um exmplo da tal "mágica" do Chroma Key, que falávamos aqui). Confiram abaixo o curta-metragem na íntegra.

Nuit Blanche from Spy Films on Vimeo.


E agora vejam como eles criaram esse visual interessante, mistura de filme de época em preto-e-branco com batidas de carro estilo Matrix e efeitos 3D próprios da linguagem publicitária (que lembra para mim o trabalho do diretor russo Timur Bekmambetov) apenas combinando e manipulando diferentes imagens que já existiam, durante o processo da pós-produção. É um desses casos que o making of acaba sendo tão ou mais bacana que o próprio curta-metragem. No melhor estilo "Mister M", muitas vezes é mais legal saber o que está por trás do truque. Divirtam-se.

Making Of Nuit Blanche from Spy Films on Vimeo.