Lançar o "Volume 2" não é um problema apenas para o She & Him, o MGMT e o Vampire Weekend neste 2010. Tentar manter o que os fizeram famosos, conseguindo inovar minimamente e tendo sacadas novas é também o problema por trás do Homem de Ferro 2, atualmente em cartaz (ao menos ainda em São Paulo). Como na música, o primeiro de qualquer série cria o conceito e apresenta algo naturalmente inovador (mesmo o herói sendo conhecido nos comics), tendo bastante liberdade para isso. O segundo já vem com uma boa dose de expectativa - auxiliada pela ação gigantesca de marketing, no caso do filme. Expectativas que não se confirma em nenhum dos casos; no do super-herói, ao optar-se pelo drama pessoal que passa o personagem em detrimento da ação, perde-se também alguma espontaneidade e ironia, que acarreta também em problemas de ritmo, ficando arrastado em muitas horas. É na verdade um filme de ligação para outros tantos filmes que a Marvel lançará nos próximos anos; escondendo alguns ícones, indica os filmes do Capitão América, Thor e Os Vingadores, além de já ter vindo na cola do segundo filme (que não é na verdade uma continuação) do Incrível Hulk.
O que sim funciona no filme (sendo relavante para este blog) é o papel da tecnologia dentro da história; visualmente mais relevante - e chamativa - nas muitas cenas que acontecem no laboratório do personagem principal (Tony Stark). Lembra tanto visualmente como narrativamente a interação homem/máquina existente no filme Minority Report, interpretado por Tom Cruise (clique aqui para rever as cenas com esses efeitos), com a diferença que agora a interface está espalhada pelo ambiente, mais tridimencional em certo sentido. E Robert Downey Jr. dialoga com ela de forma muito mais leve, menos rigída (e não estamos mais em um filme futurista, mesmo estando ainda no terreno da ficção científica). Um bom uso de elementos 3D, que dialogam perfeitamente com os personagens -a ponto de serem eles mesmos personagens- e participam de momentos importantes do filme, gerando um visual que (aqui sim) encanta e inova. Bom uso da atual tecnologia de pós-produção para representar o que seria o ápice da tecnologia, genericamente falando.
Abaixo um vídeo de uma das produtoras de efeitos, onde vemos os gráficos associados aos muitos gadgets do personagem principal. E depois, uma sequência de fotos que mostra em detalhe a cena da descoberta de uma mólecula, com as primeiras idéias da equipe de produção. (Na página da Motiongrapher, há uma extensa matéria, com vídeos que ilustram perfeitamente a produção dos efeitos - e a relação com a gravação em chroma- das cenas do laboratório. Clique aqui para ver. Recomendo fortemente).
Iron Man 2 Graphics Montage from Perception on Vimeo.
Concordo que é a única coisa mm q funciona nesse filme. Pq o resto estraga tudo.
ResponderExcluirNem a Scarlett Johansson se salva.