segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Pra bom entendedor, um pingo é letra.

William Blake, o bom e velho poeta, pintor e visionário, já dizia: “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito”. A frase, que por sinal, ajudou a inspirar o nome daquela banda do Jim Morrisson, se presta as mais diversas interpretações, mas em tempos de ferramentas tecnológicas que permitem que os sentidos sejam cada vez mais aflorados , vejo na “interwebs” um video que mostra que com um design limpo e uma montagem gráfica que estimula o sensorial além do óbvio, é possível produzir algo universalmente perceptível


Word as Image (by Ji Lee) from jilee on Vimeo.


O trabalho de Ji Lee, um artista coreano, criado em São Paulo, começou há cerca de vinte anos numa aula de tipografia, na qual os alunos eram encorajados a aplicar em “apenas” uma letra, uma serie de conceitos, sem a ajuda de nenhum elemento externo. Uma ideia aprimorada em projetos como o alfabeto 3D...



ou em imagens síntese do cinema, transformadas até em aplicativo

Enquanto um dos grandes desafios da montagem no cinema é colocar ideias em perspectiva a serviço de uma proposta criativa, é bom ver algo que mimetiza som, imagem, palavra (a síntese máxima do roteiro), cultura pop e memória emotiva em tão pouco espaço. Moral da história? Quanto mais simples, melhor.        Em se tratando de comunicação, nada mais complexo. Palmas para os que encontram as tais portas. 

PS: O Evan Seitz, um editor-animador tem, ao menos dois trabalhos bem inventivos que usam uma lógica semelhante a de Lee. Caso você não tenha visto, vale bem a pena.... 




ABCinema | Ep.1: Alphabet from Evan Seitz on Vimeo.

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