quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Videoclipes sem música (ou: a melhor forma de ver Gangnam Style)

A essa altura você provavelmente já viu Gangnam Style (o hit do verão coreano) das mais diferentes formas: da versão gaúcha ao mashup russo do Michel Teló; da versão do Deadpool a Flash mobs por diferentes partes do mundo. Mas a versão que você deveria mesmo ter visto (pelo menos, dentro deste blog) é a versão sem áudio (até porque, convenhamos, a música nunca foi lá essas coisas).

Nova perversão videoclípica e novo exercício de edição, a "técnica" consiste em tirar a música e colocar efeitos em cada um dos takes, simulando como ficaria o vídeo se fosse editado usando apenas os sons naturais, captados diretamente.



Como você pôde ver, Gangnam Style sem música vira uma obra surrealista e esquisofrênica, mais parecendo um experimento do David Lynch que um videoclipe de uma música pop. Mostra também que muitos videoclipes não se sustentam e não ganham significado sem a presença da música, sendo a edição, em boa parte dos casos, uma junção meio ao acaso e desconexa de diferentes vídeos. As imagens estão ali para ditar o ritmo e gerar um clima associado à música, não precisando ter necessariamente um sentido.

Caso diferente disso é o cinema, onde a música e a trilha sonora têm a função de dar ritmo e gerar climas específicos (principalmente nos filmes de gênero, como terror e suspense). Bom exemplo contrário, de como a música amplia o poder das imagens, você pode ver no vídeo abaixo, com dois mestres das duas coisas (direção e trilha sonora): Steven Spielberg e John Williams.



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